segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Aqui e agora

Sobre saudade no Agora.

É minha gente, essa história de que o tempo cura tudo, eu acho "balela"; na verdade o que o tempo faz é tirar um pouco de foco o que é inesquecível, o que vocês acham? 
Quem sente falta dos seus entes queridos, sabe do que eu estou falando. 

É Como diz a música “saudade, saudade hoje eu posso dizer o que é dor de verdade”.

Costumo consolar meus amigos, dizendo: quando sinto muita saudade do meu falecido pai, sabe o que eu faço?

Olho bem fixamente na minha mão, isso mesmo!! Minha mão é a mão dele, o meu peito é idêntico ao dele, minha perna também, sou um pedaço dele não sou?

Mato a saudade me olhando no espelho, podem rir, mas esse é um segredinho de enfrentar o tempo.

Agora, quando a saudade é de um grande amor, de um grande amigo, ahhh como dói !

É diferente porque as semelhanças podem não ser físicas e sim mentais.

Vocês que gostavam das mesmas coisas, como um estilo musical, lugares, filmes ou nenhuma das anteriores, sentem saudades apenas porque eram completamente diferentes um do outro.

O tempo não cura, ele passa e para muitos, ele voa! E com ele nós aprendemos “na marra” a não sofrer mais como quando você tinha quinze anos e saía na rua de camisola com ciúmes atrás do “grande e único amor da sua vida”

Ahhh a adolescência...

Aprendemos também que os sofrimentos da época foram necessários até para compartilhar isso com alguém em outros tempos, como o de AGORA.

Nem sou tão velha assim, mas desde criança gostei de ter amigos mais experientes. Sempre fui a caçulinha da turma, (até porque sou ansiosa), queria ter peito antes de eles crescerem, queria usar salto sem saber andar e gostava de ouvir histórias que os os mais vividos já tinham passado.

Sempre me senti atrasada no tempo pois  todos sabiam de tudo e pra mim sempre era uma grande novidade. Por um lado, isso foi ruim e por outro foi ótimo porque hoje ouço elogios como:

“nossa o tempo não passou pra você”, ou “você toma formol pra se manter jovem?” heheheh

Hoje em dia não me sinto mais assim, até porque isso foi o que me impulsionou a buscar sempre “a novidade” antes de me sentir atrasada no tempo . Por exemplo, quando ouço uma música e a acho bacana, logo penso: essa cantora vai “bombar” e boom! A música dela aparece logo na novela do horário nobre, como foi o caso da Regina Spektor há alguns anos atrás na novela “A Favorita”, com a música Fidelity.

Sinto saudades de muitas coisas, mas o tempo ensina a nós, seus alunos, a não esquecer da hora, a única que o tempo não devora: o aqui e agora.

 

 

 




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