Sobre saudade no Agora.
É minha gente, essa história de que o tempo cura
tudo, eu acho "balela"; na verdade o que o tempo faz é tirar um pouco de foco
o que é inesquecível, o que vocês acham?
Quem sente falta dos seus entes queridos, sabe do
que eu estou falando.
É Como diz a música “saudade, saudade hoje eu
posso dizer o que é dor de verdade”.
Costumo consolar meus amigos, dizendo: quando sinto
muita saudade do meu falecido pai, sabe o que eu faço?
Olho bem fixamente na minha mão, isso mesmo!!
Minha mão é a mão dele, o meu peito é idêntico ao dele, minha perna também, sou um pedaço dele não sou?
Mato a saudade me olhando no espelho, podem rir,
mas esse é um segredinho de enfrentar o tempo.
Agora, quando a saudade é de um grande amor, de
um grande amigo, ahhh como dói !
É diferente porque as semelhanças podem não ser
físicas e sim mentais.
Vocês que gostavam das mesmas coisas, como um
estilo musical, lugares, filmes ou nenhuma das anteriores, sentem saudades
apenas porque eram completamente diferentes um do outro.
O tempo não cura, ele passa e para muitos, ele
voa! E com ele nós aprendemos “na marra” a não sofrer mais como quando você
tinha quinze anos e saía na rua de camisola com ciúmes atrás do “grande e único amor da
sua vida”
Ahhh a adolescência...
Aprendemos também que os sofrimentos da época
foram necessários até para compartilhar isso com alguém em outros tempos, como
o de AGORA.
Nem sou tão velha assim, mas desde criança gostei
de ter amigos mais experientes. Sempre fui a caçulinha da turma, (até porque
sou ansiosa), queria ter peito antes de eles crescerem, queria usar salto sem
saber andar e gostava de ouvir histórias que os os mais vividos já tinham
passado.
Sempre me senti atrasada no tempo pois todos sabiam de tudo e pra mim sempre era uma grande novidade. Por um lado, isso foi
ruim e por outro foi ótimo porque hoje ouço elogios como:
“nossa o tempo não passou pra você”, ou “você
toma formol pra se manter jovem?” heheheh
Hoje em dia não me sinto mais assim, até porque
isso foi o que me impulsionou a buscar sempre “a novidade” antes de me sentir
atrasada no tempo . Por exemplo, quando ouço uma música e a acho bacana, logo
penso: essa cantora vai “bombar” e boom! A música dela aparece logo na novela
do horário nobre, como foi o caso da Regina Spektor há alguns anos atrás na
novela “A Favorita”, com a música Fidelity.
Sinto saudades de muitas coisas, mas o tempo
ensina a nós, seus alunos, a não esquecer da hora, a única que o tempo não
devora: o aqui e agora.
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